Lisboa

Em geral quando pensamos em viagens ou em viajar, vem-nos sempre à ideia lugares distantes, praias paradisíacas, desertos escaldantes, metrópoles famosas, destinos exóticos, etc. Mas, às vezes para viajar basta sairmos de casa e aventurarmo-nos à descoberta do lugar ou terra onde vivemos. A única coisa de que necessitamos é de disposição para o efeito, um estado de espírito diferente, mais vagaroso, mais atento aos pormenores dos cenários que nos rodeia e por onde tantas vezes passamos sem prestar atenção, uma vontade de descoberta.

Durante o ano de 2013 e princípios de 2014, eu e uma amiga, partimos em viagem por Lisboa, a nossa terra. Com a ajuda de um guia com percursos pedestres e de bicicleta, saímos de casa com vontade de conhecer a Lisboa desconhecida. A Lisboa que não é o Marquês de Pombal, o Terreiro do paço, o Castelo, a Torre de Belém o Mosteiro dos Jerónimos, o Rossio, e todos os outros locais que constam dos guias turísticos normais, por assim dizer. Partimos à descoberta da Lisboa das ruas desconhecidas, dos becos, das ruínas, dos armazéns abandonados, dos monumentos esquecidos, dos contrastes urbanos entre o velho e o novo. Partimos à procura dos detalhes de Lisboa.

Encontramos uma cidade serena, uma cidade antiga, uma cidade perdida de ruinas, uma cidade de luz, uma cidade de pequenos pormenores escondidos, uma cidade de palácios e palacetes, uma cidade de operários, uma cidade de armazéns ribeirinhos, uma cidade de ruas estreitas e escuras, uma cidade de becos, uma cidade de pequenos jardins esquecidos, uma cidade de miradouros, enfim, uma cidade desconhecida e esquecida pelos seus habitantes.

E ainda falta tanto por descobrir em Lisboa.

Por vezes, para viajar, basta olharmos à nossa volta de maneira diferente.

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